"Não me apetece ir à terapia..."
Há momentos difíceis ao longo de um processo terapêutico…
Muitas vezes, mudanças que queríamos alcançar rapidamente, demoram mais do que o esperado.
Emoções que pensávamos já saber gerir melhor, tornam-se mais intensas.
Relações que pareciam saudáveis, revelam-se difíceis.
Memórias que estavam quase apagadas, ganham vida.
Mudanças que queríamos fazer, trazem demasiado medo.
Há impasses, bloqueios… Momentos em que sabemos que para lidar com a dor é preciso senti-la… e não é fácil quando assim o é.
Não é fácil quando sabe que a sessão poderá trazer choro, tristeza, zanga ou outras emoções que não quer sentir. Que há assuntos sobre os quais quer falar (e sabe que precisa), mas envolvem muita dor. Nestes momentos, pode começar a questionar “será que vale a pena?”, “até tenho estado mais calmo/a… e se na sessão surge algo difícil e fico pior?”.
É provável que em algum momento da terapia isto possa acontecer e é importante conversar sobre o que sente na sessão. Deve existir sempre espaço para aquilo que precisa, para respeitar o seu ritmo, a forma como se sente disponível (ou não) para lidar com as dificuldades do momento. Não ir à terapia e ignorar os receios que sente provavelmente não irá ajudar a longo prazo. No entanto, trazer isto como um tema a explorar na sessão pode ajudar a compreender os seus medos, os seus “bloqueios” e a refletir em conjunto como podem ultrapassar os mesmos.
Assim, se não lhe apetecer ir à terapia, procure questionar-se: O que está a ser difícil para mim? Há sentimentos, problemas, com os quais não me quero deparar? Como posso comunicar o que estou a sentir nesta sessão?







